Curso 3 – Bem viver e outros mundos possíveis na América e em África (virtual)
Confira a programação completa do curso
Colocar em debate concepções de mundo e experiências que são distintas ao processo civilizatório moderno. Acontecimentos como pandemias e outras catástrofes evidenciam as crises socioambientais, econômicas e civilizatória; então, visa-se problematizar categorias que nunca separaram humanidade e natureza. As experiências latinoamericanas de Bem Viver e outras semelhantes em África são apresentadas como lutas e concepções contrárias aos danos do capitalismo neoliberal nos níveis territoriais. A questão que se coloca é: como tais lutas e concepções estão em diálogo com outras propostas de anticapitalismo?
Tem como objetivo resgatar projetos utópicos e de construções possíveis de sociedades pós-capitalistas. Com base em experiências e conhecimentos de camponeses e ameríndios assim como das sociedades africanas, mostrar que os mundos tidos como do passado podem ser configurações de uma vida melhor.
As aulas:
1 – Bem Viver na América Latina para camponeses, quilombolas e indígenas – Marcelo Justo – 02/09
É sociólogo. Possui mestrado e doutorado em Geografia Humana pela USP. Realizou pós-doutorado junto ao Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe ligado ao Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais – IPPRI/Unesp. Foi pesquisador associado no IPPRI/Unesp, entre 2017 e 2019. Foi consultor pelo IICA/OEA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura/Organização dos Estados Americanos) junto à Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério de Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA). Foi professor universitário por treze anos. Organizou a coletânea Paul Singer – Urbanização e Desenvolvimento, coedição Autêntica e Fundação Perseu Abramo.
2 – Bem viver da Amazônia indígena – André Baniwa – 09/09
Professor, escritor, empreendedor social, ativista indígena Brasileiro, uma liderança do povo Baniwa desde 1992 e atual Vice-Presidente da Organização Indígena da Bacia do Içana (OIBI).
3 – As Áfricas e as utopias – Iolanda Évora – 16/06
Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo- USP, investigadora do CEsA/CSG (Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento) e Professora do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional (DCI) do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), Universidade de Lisboa. Coordena o Projeto AFRO-PORT, Afrodescendência em Portugal: sociabilidades, representações e dinâmicas sociopolíticas e culturais. Um estudo na Área Metropolitana de Lisboa (FCT, PTDC/SOC-ANT/30651/2017). Concluiu o pós-doutoramento sobre a produção de narrativas sobre migrantes e as mobilidades africanas (CAPES/PNPD 2018) no Instituto de Psicologia da USP, Brasil. Atua com os temas de mobilidades africanas contemporâneas, a afrodescendência e os processos e dinâmicas de categorização de minorias étnico-raciais e as metodologias qualitativas.
4 – A centralidade da terra na emancipação africana: movimentos agrários e política rural na África Austral – Boa Monjane – 24/09 (sábado – 10H) (15h em Moçambique).
Boaventura Monjane é acadêmico-activista (scholar-activist) e jornalista moçambicano. Tem doutorado em Pós-colonialismos e Cidadania Global pela Faculdade de Economia e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Atualmente é pesquisador pós-doutorado no Institute for Poverty, Land and Agrarian Studies da University of the Western Cape e é coordenador da Campanha pelo dismantelamento do Poder Corporativo na África Austral no Alternative Information and Development Centre (AIDC).
[Suas áreas de interesse incluem Movimentos sociais agrários, política rural, Soberania Alimentar e Justiça Climática.
Vive entre Maputo e Cape Town.]
Ementa:
Esta sessão aborda a questão histórica e contemporânea da terra e da agronomia no continente africano. Com base nas experiências dos movimentos agrários em Moçambique, Zimbabué e África do Sul, a sessão discutirá os processos de emancipação e a construção de alternativas de vida na África rural.
5 – Alianças entre economia solidária e bem viver – Aline Mendonça – 30/09
Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Católica de Pelotas (2000), mestrado em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, 2004) e doutorado em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010). Atualmente é professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos da Universidade Católica de Pelotas e pesquisadora do CES UC onde integra a equipe de Boaventura de Sousa Santos no programa “ALICE – Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo”. Coordena o Grupo de Pesquisa Grupo de Pesquisa “Emancipação: trabalho, saberes, outras economias, movimentos sociais e democracia”. É membro do Grupo de Estudos sobre Economia Solidária do CES (ECOSOL CES) e do Grupo de Pesquisa sobre Economia Solidária da UNISINOS e pesquisadora do Laboratório de Políticas Públicas (LPP/ UERJ).
Local: online
Datas: 2, 9, 16, 24 (sábado) e 30 de setembro (sextas).
Horário: das 18:00h às 20:00h. Observação: excepcionalmente, o quarto encontro será no sábado, dia 24/09, das 10:00h às 12:00h.
Vagas: 100
Público-alvo: geral
Coordenação: Iolanda Évora (articuladora do Instituto Paul Singer)